Alerta 4/2023: Dengue em Gardanne/ Bouches du Rhône / Provence-Alpes-Côte-d’Azur/França, desde 2023-08-07 a decorrer

Alerta 4/2023: Dengue em Gardanne/ Bouches du Rhône / Provence-Alpes-Côte-d’Azur/França, desde 2023-08-07 a decorrer

Causas

Agente
Dengue
Período
07 Ago 2023
a
decorrer
Região:
França » Provence-Alpes-Côte d’Azur
Local:
Bouche du Rhone
Região:
França
Áreas de Interesse
Sangue
Informação Geral

Vimos por este meio, divulgar atualização sobre informação disponibilizada pela Agence Nationale de Securité du Médicament (ANSM), de frança, recebida via Sistema de Alerta Rápido e Resposta às doenças transmissíveis na União Europeia, sobre sobre Dengue na cidade de Gardanne/ Bocas do Ródano (Bouches- du-Rhône) )/ Provença-Alpes-Costa Azul/França.

Em 3 de agosto de 2023, foram notificados dois casos autóctones confirmados de Dengue na cidade de Gardanne, departamento de Bouches du Rhône, região Provence-Alpes-Côte-d'Azur, França.

O início dos sintomas foi em um caso a 18 de julho e outro a 24 de julho. Foram emitidas as seguintes recomendações pela ANSM para o território Francês e a partir do primeiro caso humano autóctone confirmado: 

  • A zona de risco/afetada é definida dentro do perímetro de 400 metros em torno da residência dos casos detetados em Gardanne.
  • As colheitas na zona afetada são canceladas por um período de 45 dias após o início dos sintomas clínicos, do último caso notificado de dengue.
  •   A data de encerramento do alerta é adiada em conformidade se, entretanto, ocorrerem casos adicionais. 
  • O período de risco começa dois dias antes da data de início dos sintomas clínicos do primeiro caso de dengue humano detetado. 
  • Os dadores que vivam ou tenham viajado/permanecido na zona afetada (pelo menos uma noite) são adiados por 28 dias. 
  • Deve ser feita a eliminação de componentes sanguíneos sem redução patogénica, obtidos de dádivas de dadores de sangue que tenham permanecido nas zonas afetadas, exceto se NAT dengue negativo.

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de Dengue através da transfusão a suspensão dos candidatos à dádiva que tenham permanecido pelo menos uma noite na zona afetada por um período de 28 dias e dos candidatos à dádiva de sangue a quem tenha sido diagnosticada a infeção por um período de 120 dias após resolução da mesma. Solicitamos a vossa maior atenção a esta informação e a sua divulgação a todos os profissionais com responsabilidades na seleção e avaliação de dadores de sangue.

Atualizações

Atualização Dengue em França. (06/10/2023)

Vimos por este meio, divulgar atualização sobre informação disponibilizada pela RONDA (Reunião sobre Observações, Notícias, Dados e Alertas) da DGS, e ECDC sobre Dengue em França.

Conforme referido na RONDA 32/2023, a 4 de agosto de 2023 França reportou os primeiros 2 casos autóctones de dengue (serotipo 2) em 2023, no departamento de Bouche-du-Rhône, na região de Provence-Alpes-Cõte d'Azur. Segundo o ECDC, até 02/10/2023, foram reportados 6 clusters com 31 casos em 3 regiões de França: 

  • Região de Provença-Alpes-Côte d'Azur: 
  • Gardanne, departamento de Bouches-du-Rhône: 4 casos com início de sintomas entre a segunda quinzena de julho e agosto. 
  • Boulbon, departamento de Bouches-du-Rhône: 7 casos com início de sintomas entre o início e meados de setembro.
  • Nice, departamento dos Alpes Marítimos:1 caso no início de setembro que terá visitado Castellet e La Garde, departamento de Var. 
  • Região da Occitánia:
  • Perpignan, departamento dos Pirenéus Orientais: 11 casos. 
  • Gagnières, departamento de Ga rd: 6 casos. 
  • Região de Auvergne Ródano-Alpes 

Bourg les Valence, departamento de Drôme: 2 casos.

O ECDC, recorda que, em 2022, França notificou 9 surtos com um total de 65 casos de dengue adquiridos localmente, considerado o maior número de casos autóctones e surtos na UE/EEE, desde o início do século. As condições climáticas atuais, na maioria das áreas da UE/EEE onde o Aedes albopictus está estabelecido, são favoráveis à propagação do vetor, à propagação do vírus em vetores e à transmissão vetorial, podendo ocorrer novos casos. Recorda-se que, na RONDA 40/2023, foi publicada informação sobre deteção da espécie de mosquito Aedes albopictus no Município de Lisboa. O mosquito foi detetado pela primeira vez no país em 2017, na região Norte e, posteriormente, na Região do Algarve (2018) e Alentejo (2022). De acordo com o INSA/CEVDI, nas amostras em que foi pesquisada a presença de flavivírus patogénicos para os seres humanos, os resultados foram negativos. A DGS criou a Task Force de resposta ao alerta, com elementos da DGS, DSP da ARS LVT, USP 's, INHT, INSA e IPST, visando acompanhar a evolução da deteção e respetiva avaliação do risco, mecanismos de prevenção e controlo da sua expansão, bem como ações imediatas para a redução da abundância de mosquitos, revisão e elaboração de documentos técnicos, orientações e outros necessários no contexto do alerta. Apesar de, recentemente, em Portugal, não terem sido notificados casos autóctones de dengue, face à situação epidemiológica na UE/EEE e à situação entomológica, em Portugal, salienta-se a importância de se promover o atempado diagnóstico clínico e laboratorial e da identificação precoce dos sinais de alerta, em especial nas áreas de Portugal em que foi identificado a presença de vetor competente. De acordo com a Orientação 014/2012 ainda em vigor, perante a suspeita de casos em Portugal, deverá proceder-se à notificação de caso suspeito no SINAVE med e ao envio de amostras para o INSA/CEVDI. A DGS vai continuar a acompanhar a evolução da situação epidemiológica e entomológica a nível nacional e internacional.

Mais informações em "Ligações":

Dengue
Ações a tomar

Face a esta situação pensamos adequado para a prevenção do risco de transmissão de Dengue através da transfusão: 

  • Suspensão temporária por um prazo de 28 dias, das pessoas candidatas à dádiva que tenham permanecido pelo menos uma noite nas regiões / países afetados (quando não existir referência a regiões);
  • Suspensão temporária por um prazo de 120 dias, das pessoas candidatas à dádiva após a resolução da infeção.